Na Baía de Setúbal, que está na lista das mais belas do mundo, costumam passear-se 30 roazes corvineiros de carne e osso. Na Doca dos Pescadores, mesmo ali ao lado, há duas dezenas deles, feitos de resina, à escala real, e decorados por artistas e alunos dos estabelecimentos de ensino do concelho de Setúbal.
A ideia da Câmara Municipal surgiu em 2011. A Golfinho Parade começou por ser um projeto de cariz temporário “com o objectivo de promover a frente ribeirinha e incentivar a divulgação e proteção dos golfinhos”. Na altura, foi aberto um concurso a nível nacional e surgiram autênticas obras de arte, com as réplicas a serem pintadas com diferentes motivos. Depressa os cetáceas se transformaram numa atração e ocuparam a zona de forma definitiva.
Cinco anos mais tarde, com a intenção de renovar o conceito, a autarquia deu início à segunda fase da Golfinho Parade. Convidou os artistas individuais vencedores de 2011 a apresentar propostas de redecoração dos modelos e foi aberto um novo concurso a todos os jardins de infância e escolas do concelho de Setúbal. O resultado é o que está à vista.
Uns são vanguardistas, outros mais tradicionais. Quase todos têm cores vivas. Cada um tem um tema, das laranjas de Setúbal às aves do Sado, há duas dezenas de ideias e mensagens que passam de uma forma bem original.
O espaço ganhou carisma e é hoje ponto de encontro, quer seja de atletas que daqui iniciam uma caminhada ou uma corrida, quer de grupos de jovens que se reúnem antes de uma noite de diversão.
Certo é que Setúbal já não vive sem os golfinhos e os sadinos querem vê-los dentro e fora de água!