Aproveite e conheça melhor o espólio de Manuel Maria Barbosa du Bocage e o excecional arquivo de Américo Ribeiro, o fotógrafo da cidade.
Still(H)e(a)ven é a desconstrução de “Stilleven”, palavra holandesa utilizada para denominar uma corrente artística muito popular durante os séc. XVI e XVII e que, em português, significa natureza-morta. Este é o primeiro trabalho de Sérgio Braz d’Almeida a solo como fotógrafo. Formado em cinema e vídeo, fez um percurso formativo que passou pela República Checa e pelos Estados Unidos da América. Como realizador conta com duas curtas metragens, “Corações Plásticos” e “Satélites”, exercendo sobretudo atividade como diretor de fotografia para cinema e televisão.
De cores intensas, em fundos maioritariamente negros, não há figura humana nas fotografias desta exposição, contudo, segundo Braz d’Almeida elas “acabam por ter grande valor antropológico na medida em que nos permitem observar e reflectir como evoluíram os objectos que utilizamos ou damos importância ao longo do tempo”. Vá com tempo e aprecie cada um dos quadros. Objetos inesperados surgem em composições meticulosamente preparadas e em conjunto geram uma improvável sensação de harmonia.
Aproveite a visita e no mesmo edifício, no número 12 da rua Edmond Bartissol, conheça “Bocage - Polémico. Discutido. Genial”, a exposição permanente deste espaço museológico onde vários painéis ilustram a vida do poeta, assim como o contexto da época em que viveu (1765-1805). Há ainda diversas peças de arte e livros do Museu de Setúbal/Convento de Jesus, além de documentos da Biblioteca Pública Municipal de Setúbal que retratam o homem que foi e a obra que deixou.
Suba ao primeiro andar e perca-se no Centro de Documentação Bocagiano e conheça o Arquivo Fotográfico Américo Ribeiro que é um acervo único da cidade e do povo setubalense.
Aproveite e faça uma refeição num dos espaços das redondezas e termine no miradouro de São Sebastião, onde de um só local pode admirar - e fotografar - a cidade, o rio, a Arrábida e Tróia!