De entrada gratuita, a mostra está patente até ao próximo dia 25 de maio.
É ao som de “Grândola, vila morena”, a canção composta e cantada por Zeca Afonso que foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas para ser a segunda senha de sinalização da Revolução de abril de 1974, que se percorre a galeria.
Organizada de forma fluida e apelativa, esta é uma exposição carregada de história e cultura que não deixa ninguém indiferente.
O processo de apoio à construção de casas para pessoas desfavorecidas, o chamado SAAL – Serviço de Apoio Ambulatório Local, que em Setúbal surgiu em cinco pontos estratégicos (Casal das Figueiras, Forte Velho, Pinheirinhos, Bairro da Liberdade e Terroa de Baixo) é um dos destaques.
Nas paredes da Galeria Municipal do 11 estão ainda inscritos os nomes das comissões de trabalhadores que proliferaram em todo o parque industrial da cidade, desde as grandes até às pequenas unidades de produção, como o Café Central, a Serração do Monte Belo, a TELED – Multinacional e a Herdade da Gâmbia.
Por estes dias, a galeria é uma porta aberta para a vida do cantautor, nascido em Aveiro a 2 de agosto de 1929. A passagem por Coimbra, pelo Algarve, o percurso de África a Setúbal e Azeitão surge em diferentes textos biográficos ao som de música que traz à memória o tempo das mordaças.
A exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 11H00 às 13H00 e das 14H00 às 18H00, bem como ao sábado da parte da tarde. Porque é preciso saber o que custou a liberdade, celebrá-la e protegê-la, todos os dias.