Com 25 quilómetros de comprimento e uma largura máxima de quilómetro e meio, a península de Tróia é como um grão de areia branca, brilhante, emoldurada em azul cristalino.
Atravessar o Sado e pisar a outra margem é como respirar fundo numa manhã fresca. Avisamos já que partir à conquista de Tróia pode ser uma experiência arrebatadora. É que este cenário bate-se aos pontos com qualquer ilha paradisíaca do Pacífico.
Os dias podem ser preenchidos com uma caminhada pelos passadiços que contornam o areal virado para a Serra da Arrábida, com um passeio de barco para ver golfinhos ou uma visita às ruínas romanas de um complexo de salga de peixe, que aqui funcionou entre o séculos I e VI.
Este é um lugar ímpar e apesar do surgimento de inúmeras unidades hoteleiras nos últimos anos, continua sereno. Tem dos melhores campos de golf da Europa, um Casino e inúmeros restaurantes.
A aldeia da Comporta, quase no fim da língua de areia, é extasiante. Pequena e genuína. É o sonho de quem gosta de aproveitar o melhor da vida e não deixa escapar um segundo de coisas boas. Bons restaurantes, comida boa, petiscos sem fim e uma paisagem deslumbrante. Um areal branco imenso e um mar infinito, daqueles que nem nos deixa desviar o olhar. Não diga a ninguém, mas o pôr-do-sol aqui é sublime.
Nas proximidades, o Cais Palafítico da Carrasqueira garante fotografias das que valem comentários roídinhos de inveja. Único na Europa, foi construído nas décadas de 50 e 60, em estacas de madeira irregular. Mas esta obra-prima não só serve para colecionar likes no Facebook, como ainda cumpre a sua função permitindo o acesso dos pescadores aos barcos.
Tróia, aqui tão perto, é um refúgio feito de areia fina, que emana luz, entre o oceano Atlântico e o estuário do Sado.