Há animação, atividades para toda a família, um Mercado de Natal, pista de gelo, insufláveis, carrossel e muito mais. Com o cair da noite, milhares de lâmpadas acendem-se e com elas surge uma oportunidade de vermos a cidade de outra maneira. Foi isso mesmo que fizemos e queremos partilhar tudo consigo. De gorro, cachecol e casaco saímos à rua ao final da tarde para apreciar o espetáculo.
Assim que pusemos o pezinho na rua, sentimos o espírito natalício a invadir-nos. Ele é ruas, avenidas e rotundas, tudo cheio de luzes. Há música e um cheirinho a coisas boas por todo o lado. O fresquinho na cara até sabe bem, sobretudo depois de um dia de trabalho!
Porque não começar por lá e tirar uma foto? Há um prémio para a melhor selfie publicada no Instagram. Está tudo explicadinho dentro da árvore! E convenhamos, não é difícil tirar boas fotografias quando o cenário é uma estrutura com 38 metros de altura, 11 de diâmetro e 48 mil leds azuis e brancos!
Seguimos para os Paços do Concelho, na praça do Bocage que está linda, como se tivesse sido debruada a ouro. Contornado com luzes amarelas, o edifício tem mesmo em frente umas gigantes bolas de Natal que parecem de filigrana. Original do século XVI, foi afetado por vários terramotos e incendiado aquando da implantação da República. A reconstrução, num projeto de Raul Lino, só foi terminada em 1938.
Aproveitámos para umas compras no Mercado de Natal, onde estão artesãos como João Viegas que faz peças em brecha da Arrábida, e para provar o Licor de Laranja de Setúbal. Mesmo ali ao lado, revisitámos a Igreja de São Julião.
Entrámos nas “marchas natalícias” da avenida 5 de outubro. Arco a arco, fomos percorrendo o corredor de pouco mais de 500 metros, entre a avenida 22 de dezembro e a praça do Quebedo. Passámos no Kibom, no espetacular pássaro que está na parede da Adega dos Passarinhos e recordámos o saboroso bitoque do café Canoa. Foi aí que pensámos: falta aqui um presépio. E então descobrimos um, feito de elegantes luzes, em frente à Igreja de Santa Maria da Graça. A majestosa Sé de Setúbal (séculos XVIII, XVI e XVIII), com as suas duas torres robustas, contrasta com a fragilidade do presépio, mesmo ali em frente à Casa Roaz e junto à Casa do Corpo Santo - Museu Barroco.
Assim, toda iluminada a cidade tem outro encanto. Já conhece esta Setúbal vestida de Natal? É melhor aproveitar. As luzes apagam-se em janeiro.