Foi em 1907 que nasceu a Região Demarcada do Moscatel de Setúbal, tendo no ano seguinte sido regulamentada a disciplina de produção e comércio deste vinho generoso. A culpa foi do último monarca português, D. Manuel II. É certo que 111 anos é muito tempo, mas a história desta maravilha da natureza não se resume à capicua.
É um vinho generoso, de uma cor topázio linda, com um forte caráter cítrico e doce. Não admira que a realeza lhe tenha desde logo piscado o olho. O terroir, que é como quem diz o chão que dá uvas, em que é produzido tem condições únicas. O que, aliado ao conhecimento e dedicação dos produtores da região, faz com que seja exclusivíssimo.
Há dois tipos de Moscatel de Setúbal, o branco e o roxo, que é ainda mais raro. Se por cá é um símbolo que orgulha a região, a sua autenticidade e a qualidade têm-lhe valido também inúmeros prémios e distinções internacionais. O mundo continua a apreciá-lo. Cada vez mais.
Para que não fique com água na boca, porque Moscatel é bem melhor, deixamos-lhe duas sugestões:
1. O Moscatel Roxo, de 2013, produzido pela adega Venâncio da Costa Lima, foi o vencedor do concurso Muscats du Monde em 2017.
2. O Moscatel Roxo Excellent, da Adega Horácio Simões, que junta a seleção das melhores barricas da década de 2000.
E a si, qual é o Moscatel que lhe enche o palato?