A montra é brilhante e parece que foi banhada pelo mar. Uma grande variedade de peixes, desde salmonetes, cavalas, douradas, pregados e até um enorme chicharro alto, disputaram a nossa atenção. Além do peixe, com sangue na guelra, há marisco fresquíssimo.
Começámos com umas suculentas vieiras na grelha. De poucas conversas mas extremamente prestável, João Rovisco, o proprietário explica-nos que “por norma há sempre vieiras às sextas-feiras e aos fins de semana”. Meticuloso e eficiente, é ele quem grelha o peixe, cheio de cuidados e de uma forma irrepreensível. Foi assim que recebemos umas deliciosas ovas grelhadas, crocantes e regadas com um generoso fio de azeite, cebola e salsa picada. A acompanhar, uma salada, bem temperada mas sem vinagre, e umas maravilhosas migas.
Como acompanhamento pode escolher legumes frescos, salada, batata cozida ou migas. Quanto a sobremesas, mantém-se a simplicidade para destacar a essência dos ingredientes. Há fruta da época e doces caseiros. Ficámo-nos por uma intensa mousse de chocolate que rematámos, à portuguesa, com um café!
O restaurante só serve almoços, de terça a domingo, mas, se pedir com jeitinho o senhor João abre para jantar e prepara a sala e a ementa para grupos. É que aqui “cada cliente é um amigo”. Calha tão bem quando encontramos um restaurante assim, que nos faz sentir em casa!