Maria Mercês, a mais velha, e a filha, Gui (Margarida) são as proprietárias atuais e quem manda na cozinha, a neta, também Margarida,ou Guida como é tratada, garante que tudo chega às mesas. O serviço é rigoroso e competente. Há aqui uma máquina bem oleada!
O espaço está dividido em duas salas, mas a primeira, que só tem uma mesa comprida, está sempre reservada para um grupo de clientes habituais, na maioria advogados. À hora de almoço não falham. É até divertido vê-los a almoçar com guardanapos de pano a fazerem de babetes e a proteger as camisas e gravatas. Será daqui que vem o nome desta casa? Haverá uma ligação, sim, até porque antes de abrir o restaurante, o marido de Mercês, Fernando, era também um “homem de escritório”, conhecido como “o gravatinha”.
O burburinho é constante e, da mesa, conseguimos ouvir o que se passa na cozinha, a televisão e uma ou outra conversa paralela. Aqui para nós que ninguém nos ouve, normalmente discutem-se as notícias do dia ou os últimos jogos de futebol.
Os pratos são cozinhados com amor e dedicação. Não há dúvida. Mas, tal como em casa da avó, a alimentação é um assunto muito sério. Quem nunca ouviu um aguçado: “Com a comida não se brinca!” ou um “Só comes isso? Estás tão magrinho…” Experimente deixar alguma coisa no prato que vai ver como elas lhe mordem!
Acredite, almoçar n’O Gravatinha é um verdadeiro prazer, tal como em casa da avó!