Do mais português que há, as bifanas são uma delícia e têm requisitos.
Há que ter a bela da bacia, tipicamente de plástico, para amontoar os pedacinhos de carne e os deixar a marinar em vinho branco e dentes de alho. Depois há a frigideira, de preferência experiente nestas vidas, para encher de óleo ou margarina. E, por último, mas não menos importante, há que saber onde está o melhor pão das redondezas, se for cozido em forno de lenha melhor. Mostarda e molho picante são extras muito bem vindos.
A melhor bifana espera por nós onde menos esperamos por ela. Da tasca ao bar, da roulotte ao café da esquina. Não há que dizer que não sem lhe espetar o dente. E que seja de carne tenra, ligeiro paladar a alho, picante qb e aquela carcaça fofa mas crocante. Sim, não vamos em cantigas, bifana que é bifana casa com papo-seco.
Em Portugal, fazem-se bifanas aos milhares a cada hora que passa e com uma rapidez impressionante. É vê-las saltar do lume para o pão em menos de nada. Sempre a aviar! Arte rápida esta. É para comer a andar e talvez seja por isso que tem os sabores bem aprumados.
É certo que as de Vendas Novas ganharam fama, mas há bifanas sadinas que nos enchem as medidas. Deixamos-lhe três sugestões. Na dúvida, vá a todas e conte-nos como foi.
Casa de tradição, bem no centro da cidade. Conheça aqui o nosso roteiro para uma manhã de sábado que passa por esta casa típica.
Situada dentro do Mercado do Livramento. É impossível ficar indiferente ao aroma do tempero da carne que invade o espaço e convida a provar.
Aqui a bifana leva ovo, bacon e queijo. Acompanha com batatas fritas onduladas.